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Foi o primeiro de muitos livros que li do escritor Haruki Murakami, o que mais para frente me fez entrar em um dilema não resolvido até hoje, se o artista plástico Murakami, da exposição Murakami por Murakami tem algum parentesco com esse Haruki Murakami,o que é uma pergunta válida, já que existem tantos ''Santos'' e outros sobrenomes comuns por ai mas nem todos são parentes, pelo menos não tão próximos, não concorda?
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Caso tenha despertado o interesse em conferir a exposição Murakami por Murakami, vou deixar o link aqui. infelizmente ela já não está mais em cartaz, porém se eternizou nos arquivos do Nagareboshi, para ser revisitada quantas vezes você desejar.
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Agora sem mais, delongas para o livro, eu tenho a mania de comprar um livro e não ler a sinopse. Você deve achar estranho, como sei que tenho interesse pela história? Os livros que leio, vem de indicação de podscast e mais para frente indicarei esses e outros podcast, com o Assassinato do comendador não foi diferente.
Me apaixonei pela trama contada, brevemente em um podcast especifico e comprei, comecei a ler sem 'ver' atrás fui direto para a história, e já peço desculpas de ante mão, por que para explicar o quão bom é esse livro vou tem que dar um 'spoiler óbvio', que estava na parte que não li.
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Conta história de um homem, a esposa pediu divórcio dele pois estava com outro. Ele saiu de casa, e foi para uma casa afastada, de um amigo, o pai dele morava lá mas já estava em estado vegetativo no hospital
Como renda extra ele da aula de artes algumas vezes na semana, e como fonte de renda principal é artista plástico e faz obras sobre encomendas. O antigo dono da casa, foi um renomado artista do estilo Nihonga (posso estar enganada quanto ao estilo exato da arte dele, mas são obras no estilo da arte da imagem ao de cima)
A vida do pintor na casa é bem pacata, até que uma noite ele começa a ouvir cigarras cantando fora de época. Ele ignora algumas noites, mas com o tempo o canto começa a ficar mais alto.
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Em uma certa noite o canto cessa e ele escuta um guizo. Um pouco afastado da casa dele (que fica em um terreno montanhoso e de muita vegetação) tem um poço, tampado com pedras bem pesadas. Ele descobriu seguindo o barulho do guizo.
E associou aquele poço, que se parecia muito, aos antigos lugares que os monges se trancavam por dias, sem agua, luz ou comida, e ficavam balançando o guizo até morrer. Esse ritual tinha o proposito deles alcançarem finalmente a iluminação
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Na casa do pintor, na sala que ele usava para pintar, na prateleira tinha um guizo bem antigo mas no momento que som começou o guizo sumiu. Atordoado ele compartilhou a história com um cliente, chamado Menshiki.
Esse homem era bem peculiar, morava em uma mansão do 'outro lado' da montanha, tinha um trabalho com 'finanças' e isso é tudo que precisa saber sobre ele. Menshiki pediu um retrato para por no seu escritório.
Como o pintor estava em um momento de bloqueio criativo, disse que não tinha prazo para entregar e Menshiki decidiu que tudo bem, iria lá posar quantas vezes fosse necessário e com isso eles pegaram amizade.
Menshiki decidiu ir a fundo na investigação do barulho e contratou uma empresa para abrir o poço que homem sem ter aonde investir dinheiro hein e advinha o que acharam...
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Com o poço aberto a vida do artista muda, ele começa a ver ideias ou uma criaturinha com queixo triangular, que consegue encaixar meus caros senhores em todas as frases possíveis e imagináveis de uma maneira coerente e nada incomoda.
Ele decide fazer uma faxina no sótão afinal como minha mãe fala, casa limpa afasta os mal espíritos e ele acha um quadro bem embrulhado. Ele abre e ve uma cena de assassinato de uma época antiga, pelo traço logo deduz ser do antigo dono da casa, e em baixo está escrito '' o assassinato do comendador''.
Bem para não me delongar mais, o assassinato do comendador não é só um quadro e muito menos sobre um quadro realmente acontece um assassinato, do comendador ou de uma ideia?
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O protagonista embarca em uma jornal dual entre '' fantasia'' e realidade é bem interessante de ler.
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