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Parade - um pingo, pingando, conta, um conto

Foto do escritor: Bianca VicenteBianca Vicente

Em cartaz na Japan House São Paulo, até o dia 14 de novembro de 2021, a exposição gratuita Parade, um pingo, pingando, conta um conto, da artista visual Yuko Mohri.


Esta exposição integra a rede de colaborações da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, que acontece a partir de 4 de setembro de 2021, que acontece dentro das dependências do parque do Ibirapuera, que além disso você pode aproveitar para conhecer o pavilhão japonês clicando aqui.




O belo no ordinário

A exposição exalta a filosofia japonesa do [you no bi], resinificando objetos e utensílios comuns , ressaltando o belo no ordinário. Esse termo veio do filósofo japonês Soetsu Yanagi (1889-1961).


Sobre Parade

O delicado equilíbrio presente nas obras da jovem artista, que hoje leciona na Universidade de Artes de Tóquio, é fruto de anos de pesquisa em colaboração com profissionais de diversas áreas.


Parade consiste em uma máquina desenvolvida pela artista com ajuda de engenheiros, baseada em uma placa de prototipagem eletrônica de código aberto que lê os desenhos de uma toalha de mesa estampada com frutas coloridas.

As imagens são traduzidas em correntes elétricas que percorrem diversos fios, provocando reações inesperadas como uma luz que liga e desliga, espanadores que pulam no chão, um acordeão que parece ganhar vida própria. Os diversos objetos que compõem o trabalho são fruto das coletas de Yuko ao redor do mundo.

Esse ecossistema criado pela artista foi inspirado no jardim botânico que Yuko costumava frequentar quando criança e onde observava a natureza semiartificial e sua transformação nas diferentes épocas do ano.


Sobre Moré Moré


Ainda dentro das questões envolvendo a impermanência e a transitoriedade, temas recorrentes em sua trajetória, a obra incorpora elementos da série Moré Moré, na qual Yuko causa vazamentos propositais para, então, tentar obstruí-los e fazer com que a água circule novamente pelo sistema danificado. A ideia surgiu a partir dos registros fotográficos que a artista fez dos frequentes vazamentos de água no metrô de Tóquio, em 2009.

As equipes das estações atingidas usaram uma variedade de recipientes incluindo garrafas, baldes, guarda-chuvas e tubos para conter o fluxo. A observação deste acontecimento, inspirou a artista a criar suas próprias esculturas, que se tornaram cada vez mais elaboradas ao longo dos anos.


A ideia é causar curiosidade e maravilhamento, com os objetos retirados de suas funções primárias e costurados numa teia poética, valorizados nessa colagem espacial, nos deixando mais conscientes do nosso entorno”.




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